Nesta quarta-feira Jeff Bezos finalmente confirmou tudo o que vinha se falando nos últimos anos e apresentou o fire Phone, o primeiro smartphone da Amazon e que chega para brigar de igual para igual com os três principais ecossistemas do mercado. Rodando Fire OS, ele vem com uma série de recursos interessantes e alguns questionáveis, que veremos a seguir.
Vejamos primeiro suas especificações técnicas: o aparelho possui um display IPS LCD de 4,7 polegadas com resolução HD (315 ppi) protegido por Gorilla Glass 3. Embora muita gente não veja sentido em um smartphone com resolução exagerada como o LG G3, vamos combinar que hoje em dia, para um dispositivo de ponta tela Full HD já é o mínimo, entretanto isso não é tão relevante assim. O SoC é um Snapdragon 800 da Qualcomm: CPU Krait 400 com clock de 2,2 GHz e GPU Adreno 330, que embora poderoso já começa a ser substituído pelo 801. Ele possui 2 GB de RAM, versões com 32 ou 64 GB de armazenamento interno, câmera principal de 13 megapixels com abertura f/2,0; Flash LED, estabilização de imagens, autofoco, modo Burst e HDR dinâmico, câmera frontal de 2,1 MP, bateria de 2.400 mAh, duas saídas de som estéreo Dolby Digital com som surround, compatível com 4G/LTE (inclusive banda 7 brasileira) e roda Fire OS (o mesmo SO do Kindle Fire) adaptado para experiência em smartphones, na versão 3.5.
Só que não para por aí. Bezos sabe que a Apple tem razão em uma coisa: um hardware por si só diz pouco, o que importa é o que o aparelho é capaz de fazer. Nisso o fire Phone trouxe uma gama de recursos curiosos, que vão do extremamente útil a apenas perfumaria, passando até pelo questionável.
A primeira coisa que chama a atenção é que o fire Phone não possui apenas duas câmeras, mas SEIS. AS quatro adicionais ainda não mencionadas se encontram nos quatros cantos da face frontal do aparelho. Elas servem para permitir o que a Amazon chamou de Perspectiva Dinâmica, uma versão vitaminada do efeito paralaxe visto no iOS 7: o fire Phone sabe através das câmeras onde sua cabeça está posicionada em relação à tela, e muda a perspectiva da imagem em função disso. O app de Mapas que você vê acima é o melhor exemplo dessa funcionalidade. Basta uma torçãozinha para que ele exiba informações do Yelp nos locais marcados.
Esse recurso também permite exibir notificações, exibir painéis e executar ações em diversos apps, o que pode ser um problema caso alguém venha a acionar uma função por acidente. O app de livros entretanto conta com um recurso bem chato: ao inclinar o aparelho a página é rolada automaticamente. Eu não sei vocês, mas acredito que muita gente vai ficar fula da vida ao ver o app avançando páginas direto, contra a vontade do usuário pois micro movimentos (voluntários ou não) são feitos todo o tempo. Claro, se a Perspectiva Dinâmica contar com configurações finas isso poderá ser contornado, mas não deixa de ser um problema.
A pré-venda nos Estados Unidos já começou: o modelo de 32 GB pode ser adquirido por US$ 199 com um contrato de dois anos da AT&T, ou por US$ 649 desbloqueado (um tanto salgado, eu diria). Já a versão de 64 GB custa US$ 299 e US$ 749 respectivamente. Claro, não há a menor previsão de quando (ou se) o fire Phone será lançado aqui e dada a situação atual em que nem os tablets Kindle Fire chegaram, quanto menos a fireTV, eu diria que vai demorar.
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